Dividir objetos pode aumentar o risco
de doenças e infecções na boca
Ao dividir um copo, por exemplo, é
possível pegar herpes e hepatite A.
Médicos explicaram como prevenir
aftas, herpes e o popular sapinho.
Dividir
um copo, uma garrafa na academia e até mesmo um batom é um hábito comum entre
algumas pessoas, mas que pode trazer riscos à saúde.
Ao
compartilhar um copo, por exemplo, é possível pegar herpes, hepatite A,
amigdalite e também viroses respiratórias, como explicou o infectologista Caio
Rosenthal no Bem Estar desta sexta-feira (8).
Se
alguém com alguma doença bebe água e encosta a boca na borda do copo, já
contamina a bebida – ou seja, mesmo que outra pessoa tome sem encostar a boca
na borda, ela terá contato com a saliva que encostou na água. Para proteger a
saúde da boca, a dica é lavar com água e sabão latas, garrafas e copos antes de
serem usados; não adianta passar papel higiênico.
Além
de copos, garrafas e latinhas, não é recomendável dividir também escovas de
dente, aparelhos de barbear e batons. Esse hábito de compartilhar pode ou não
causar problemas – o que determina isso são fatores como a resistência
imunológica da pessoa, a temperatura local e o tempo de permanência dos
microorganismos nesses objetos.
Os
médicos alertaram também para o beijo, que pode transmitir as mesmas doenças
transmitidas pelo copo, mas com muito mais riscos por ser um contato ainda mais
direto. Porém, a troca de salivas só é um sinal de alerta se uma das pessoas
tiver uma doença não tratada, ou seja, pessoas saudáveis não devem se
preocupar.
Uma
das doenças infecciosas causadas pela troca de saliva é a mononucleose, comum
entre os adolescentes. Normalmente confundida com amigdalite, a doença não é
grave e é diagnosticada por um exame de sangue. O vírus causador dessa infecção
deixa a região do pescoço inchada, mas pode ou não aparecer, assim como o vírus
do herpes.
O
beijo também pode transmitir o vírus do herpes, assim como a divisão de copos,
batons e também talheres. Porém, ele só é transmitido quando está “ativo”, ou
seja, quando a lesão está aparente na boca ou nos lábios. Por isso, pessoas que
têm herpes e estão em períodos de crise devem evitar contato com crianças,
pessoas doentes e idosos.
Baixa
imunidade, estresse, exposição solar e machucados são alguns dos fatores
desencadeantes para os surtos do vírus do herpes. Normalmente, as lesões
aparecem sempre no mesmo lugar, mas isso não é uma regra. Segundo o
infectologista Caio Rosenthal, o tratamento da doença, feito com pomadas e
comprimidos, é pouco eficaz.
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/02/dividir-objetos-pode-aumentar-o-risco-de-doencas-e-infeccoes-na-boca.html
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